A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe em 2011, como faz a cada ano, um “itinerário” para a evangelização dos povos, fortemente voltado à conversão comunitá-ria, em preparação à Páscoa. Estamos falando da Campanha da Fraternidade (CF).
Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos: eles decorrem da missão evangeliza-dora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo. Os propósitos são, a partir do Mandamento do Amor fraterno, os seguintes:
Despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo, em busca da verdadeira solidariedade para o bem comum;
Educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho;
Renovar a consciência sobre a respon-sabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edifica-ção de uma sociedade justa e solidária.
Durante quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da vida da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior atenção, meditação e ações voltadas à fraternidade.
Em 2011, a proposta é chamar a atenção para o meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, suas causas e consequências. "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22): não há como não perceber que esta campanha está ligada à anterior, de 2010. Claro que o fator econômico sem dúvida está diretamente relacionado à situação ambiental do nosso planeta.
Somos todos moradores de uma mesma Casa, a Mãe Terra, e quer gostemos disso ou não estamos todos interligados. Não há como simplesmente virar as costas para a situação global e não se importar. Afinal, se ocorresse uma catástrofe em nível mundial, como escaparíamos nós? Aquecimento global, mudanças geológicas, compromentimento da camada de ozônio, efeito estufa, consequências da poluição exacerbada do ar, dos rios e mares, e do desmatamento incontrolável das áreas verdes mundiais, provocando o derretimento das geleiras nos pólos, enchentes, maremotos, tornados, tempestades e furacões.
Todas as muitas e terríveis catástrofes que temos presenciado em nossos tempos, tanto em nosso país quanto em nações irmãs, nada mais são do que reações às nossas ações inconsequentes.
A Campanha da Fraternidade 2011 vem nos alertar desta “verdade inconveniente” e muito simples: tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta. É um convite a nos unirmos, como família que somos, sejamos ou não cristãos, fazer uma pausa em nosso insano ritmo de vida e pensarmos em modos de salvar nossa Mãe e Casa.
A cada nova catástrofe podemos sentir o planeta gemer, e as vítimas fazendo o mesmo. Um gemido de tristeza imensa. O tempo urge, mas ainda podemos reverter a situação, transformar esses gemidos de dor em gemidos de amor e esperança. Podemos iniciar um período de “gestação” em que pensamos e organizamos ações que ajudem a preservar o meio ambiente. O que receberemos de volta? Um planeta saudável, a natureza respirando aliviada... Só assim resgataremos o grande presente que nos foi dado por Deus.
E para reforçar as nossas expectativas de gestos concretos, que, esperamos, surgirão nas Paróquias, louvarmos ao Senhor como fez São Francisco de Assis, por todas as criaturas da imensa vida planetária.
Que a oração de São Francisco nos inspire novas atitudes e nos ajude a sermos transformados pelo Espírito de Deus, de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje pede socorro aos autênticos filhos de Deus: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas”!
Fonte:
Portal Kairós,
http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/default.asp
acesso em 15/11/2010.
Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos: eles decorrem da missão evangeliza-dora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo. Os propósitos são, a partir do Mandamento do Amor fraterno, os seguintes:
Despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo, em busca da verdadeira solidariedade para o bem comum;
Educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho;
Renovar a consciência sobre a respon-sabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edifica-ção de uma sociedade justa e solidária.
Durante quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da vida da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior atenção, meditação e ações voltadas à fraternidade.
Em 2011, a proposta é chamar a atenção para o meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, suas causas e consequências. "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22): não há como não perceber que esta campanha está ligada à anterior, de 2010. Claro que o fator econômico sem dúvida está diretamente relacionado à situação ambiental do nosso planeta.
Somos todos moradores de uma mesma Casa, a Mãe Terra, e quer gostemos disso ou não estamos todos interligados. Não há como simplesmente virar as costas para a situação global e não se importar. Afinal, se ocorresse uma catástrofe em nível mundial, como escaparíamos nós? Aquecimento global, mudanças geológicas, compromentimento da camada de ozônio, efeito estufa, consequências da poluição exacerbada do ar, dos rios e mares, e do desmatamento incontrolável das áreas verdes mundiais, provocando o derretimento das geleiras nos pólos, enchentes, maremotos, tornados, tempestades e furacões.
Todas as muitas e terríveis catástrofes que temos presenciado em nossos tempos, tanto em nosso país quanto em nações irmãs, nada mais são do que reações às nossas ações inconsequentes.
A Campanha da Fraternidade 2011 vem nos alertar desta “verdade inconveniente” e muito simples: tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta. É um convite a nos unirmos, como família que somos, sejamos ou não cristãos, fazer uma pausa em nosso insano ritmo de vida e pensarmos em modos de salvar nossa Mãe e Casa.
A cada nova catástrofe podemos sentir o planeta gemer, e as vítimas fazendo o mesmo. Um gemido de tristeza imensa. O tempo urge, mas ainda podemos reverter a situação, transformar esses gemidos de dor em gemidos de amor e esperança. Podemos iniciar um período de “gestação” em que pensamos e organizamos ações que ajudem a preservar o meio ambiente. O que receberemos de volta? Um planeta saudável, a natureza respirando aliviada... Só assim resgataremos o grande presente que nos foi dado por Deus.
E para reforçar as nossas expectativas de gestos concretos, que, esperamos, surgirão nas Paróquias, louvarmos ao Senhor como fez São Francisco de Assis, por todas as criaturas da imensa vida planetária.
Que a oração de São Francisco nos inspire novas atitudes e nos ajude a sermos transformados pelo Espírito de Deus, de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje pede socorro aos autênticos filhos de Deus: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas”!
Fonte:
Portal Kairós,
http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/default.asp
acesso em 15/11/2010.